Um livro é um mudo que fala, um surdo que responde, um cego que guia, um morto que vive. (Padre Antônio Vieira)

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

O mundo é o nosso lar

O mundo é o nosso lar, mas ainda temos de ocupá-lo; a mulher que amamos está a nossa espera, mas não sabemos como encontrá-la, estamos trilhando o caminho que procuramos, mas não o reconhecemos. […] os poderes que podem ser utilizados por todos nós são ilimitados. p. 105
 
Aqueles que têm medo estão condenados; aqueles que duvidam estão perdidos […] temos ao nosso alcance tudo o que desejamos, tudo o que precisamos, como peixes do mar. p. 106
 
 
MILLER, Henry. O mundo do sexo. 3. ed. Rio de Janeiro: Pallas, 1975. 111 p.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Crepúsculo dos ídolos, ou, como se filosofa com o martelo

NIETZSCHE, Friedrich Wilhelm. Crepúsculo dos ídolos, ou, como se filosofa com o martelo. Porto Alegre: L&PM, 2010. 144 p. (Coleção L&PM Pocket, v. 799). ISBN 978-85-254-1916-3

 

 

Há muitas coisas quem de uma vez por todas, não quero saber. - A sabedoria traça limites também para o conhecimento. p. 18

 

Ajuda a ti mesmo: então todos te ajudarão. Princípio do amor ao próximo. p. 19

 

Que não sejamos covardes em relação aos nossos atos! Que não os abandonemos uma vez consumados! – O remorso é indecente. p. 19

                                                             

Eis um artista tal como aprecio os artistas, modesto em suas necessidades: no fundo, só quer duas coisas, seu pão e sua arte. p. 20

 

Em busca dos primórdios, nos tornamos caranguejos. O historiador olha para trás; por fim, também acredita para trás. p. 22

 

O contentamento protege até de resfriados. Algum dia uma mulher que se soubesse bem vestida já se resfriou? – Suponho que ela mal estivesse vestida. p. 22

 

É de sair correndo quando a mulher possui virtudes masculinas; e quando não possui nenhuma virtude masculina, ela própria sai correndo. P. 22

 

O verme se encolhe quando pisado. Uma atitude prudente. Diminui assim a possibilidade de ser pisado outra vez. Na linguagem da moral: humildade. P. 23

 

Há um ódio à mentira e à dissimulação cuja origem está numa noção sensível de honra; há um ódio idêntico que provém da covardia, na medida em que a mentira é proibida por um mandamento divino. Covarde demais para mentir... p. 23

 

Quão pouco é preciso para ser feliz! O som de uma gaita de foles. – Sem música a vida seria um erro. P. 23

 

[...] Apenas os pensamentos caminhados têm valor. P. 23

 

Se nós, imoralistas, prejudicamos a virtude? – Tão pouco quanto os anarquistas prejudicam os príncipes. Apenas depois de serem alvejados é que eles sentam outra vez fortemente em seus tronos. Moral: deve-se alvejar a moral. P. 24

 

Corres à frente? – Fazes isso na condição de pastor? Ou de exceção? Uma terceira possibilidade seria o desertor... Primeiro caso de consciência. P. 24

 

És autêntico? Ou apenas um ator? És um representante? Ou a própria coisa representada? – No fim das contas, talvez sejas meramente a imitação de um ator... Segundo caso de consciência. P. 24

 

És alguém que observa? Ou que coloca mãos à obra? – Ou o que desvia o olhar e se afasta?... Terceiro caso de consciência. P. 24

 

Queres ir junto? Ou à frente? Ou andar sozinho?... Devemos saber o que queremos e que o queremos. Quarto caso de consciência. P. 25

 

Que importa que eu acabe por ter razão! Eu tenho razão demais. – E quem hoje ri melhor, também ri por último. P. 25

 

Fórmula de minha felicidade: um sim, um não, uma linha reta, um alvo. P. 25

 

[...] Não há sentido algum em fabular acerca de um outro mundo além deste se não houver um instinto de calúnia, de amesquinhamento, de suspeita em relação á vida nos dominando: nesse caso, nos vingamos dela com a fantasmagoria de uma outra vida, de uma vida melhor. P. 39

O fato de o artista dar mais valor á aparência do que à realidade não constitui objeção a essa tese. Pois, nesse caso, a aparência significa a realidade mais uma vez, só que selecionada, reforçada, corrigida... o artista trágico não é pessimista – ele justamente diz sim a tudo aquilo que é questionável e mesmo terrível; ele é dionisíaco. P. 39

A espiritualização da sensualidade se chama amor: ela é um grande triunfo do cristianismo. Um outro triunfo é a nossa espiritualização há hostilidade. P. 44

[...] tem mais necessidade de inimigos do que de amigos: é apenas no antagonismo que ele se torna necessário [...] só se é fértil ao preço de ser rico em oposições; só se permanece jovem se a alma não se espreguiça, não anseia pela paz [...]  nada nos causa menos inveja do que a vaca moral e a felicidade gorda da consciência tranquila. P. 45-46

A moral antinatural, ou seja, quase toda moral que até agora foi ensinada, venerada e pregada, volta-se, ao contrário, justamente contra os instintos da vida – ela é uma condenação desses instintos, ora secreta, ora sonora e  atrevida [...] o santo em quem Deus se compraz é o castrado ideal. A vida acaba onde o reino de Deus começa. P. 46

Tudo aquilo que é bom é instinto – e consequentemente leve, necessário, livre. A labuta é uma objeção [...] os pés leves são o primeiro atributo da divindade. P. 51

[...] o erro do espírito como causa confundido com a realidade! E transformado em medida da realidade! E chamado Deus! P. 53

O conceito de Deus foi até agora a maior objeção à existência... Negamos a Deus, negamos a responsabilidade em Deus: apenas assim libertamos o mundo. P. 59

A moral é apenas discurso por sinais, apenas sintomatologia: é preciso já saber do que se trata para tirar proveito dela. P. 60

Chamar a domesticação de um animal como melhoramento soa aos nossos ouvidos quase que como uma piada. Quem sabe o que acontece nas exposições de feras duvida que nelas a besta seja melhorada. Ela é enfraquecida, tornada menos daninha, transformada numa besta doentia através do afeto depressivo do medo, através da dor, dos ferimentos, da fome. – Não é diferente com o homem domesticado que o sacerdote melhorou. P. 61

[...] a de uma caricatura de homem, de um aborto: ele se transformou em um pecador, estava metido na jaula, fora trancado entre conceitos que eram todos terríveis... E ali estava agora, doente, miserável, malévolo contra si próprio; cheio de ódio contra os impulsos da vida, cheio de suspeita quanto a tudo que ainda era forte e feliz. [...] torna-la doente pode ser o único meio de enfraquecê-la. Isso a igreja entendeu: ela corrompeu o homem, ela o enfraqueceu. P. 61

[...] para fazer moral é preciso ter a vontade incondicional pelo contrário [...] nem Manu nem Platão, nem Confúcio nem os mestres judaicos duvidaram de seu direito à mentira. [...] até o presente, todos os meios pelos quais a humanidade deveria se tornar moral foram radicalmente imorais. P. 64-65

[...] a jovialidade é o que há de mais incompreensível em nós. P 69

Todas as grandes épocas da cultura são épocas de decadência política: o que é grande no sentido da cultura foi apolítico, mesmo antipolítico. P. 69

São necessários educadores que sejam eles próprios educados, espíritos superiores, nobres, provados a todo instante, provados pela palavra e pelo silêncio, culturas amadurecias, doces. P. 70

[...] não gostam de profissões, precisamente porque sabem que têm vocações... Eles tem tempo, tomam tempo para si, de modo algum pensam em ficar prontos [...] se é um iniciante, uma criança. P. 72

Deve-se aprender a ver, a pensar, a falar e a escrever [...] habituar o olho a calma, à paciência, a deixar que as coisas se aproximem; adiar o juízo, [...] não reagir imediatamente a um estímulo, mas lançar mão dos instintos que inibem e isolam [...] não querer [...] suspender a decisão. Toda falta de espiritualidade, toda vulgaridade, repousa sobre a incapacidade de resistir a um estímulo. P. 72

Para que exista arte [...] é imprescindível uma condição fisiológica: a embriaguez. [...] Todos os tipos de embriaguez, por mais distintamente condicionados que sejam, têm força para tanto: sobretudo a embriaguez da excitação sexual, a mais antiga e mais originária forma de embriaguez. Da mesma maneira, a embriaguez que segue todos os grandes apetites, todos os afetos intensos; a embriaguez da festa, da competição, da façanha, da vitória, todo movimento extremo; a embriaguez da crueldade; a embriaguez na destruição; a embriaguez influenciada por certas condições meteorológicas [...] ou influenciada por narcóticos; por fim, a embriaguez da vontade, [...] de uma vontade acumulada e intumescida. O essencial na embriaguez é o sentimento de plenitude e de intensificação da força. [...] O decisivo [...] é um colossal transbordar dos traços principais, de modo que os demais desapareçam. P. 82-83

Nesse estado enriquecemos todas as coisas com a nossa própria plenitude: o que se vê, o que se quer, é visto intumescido, apinhado, enérgico, sobrecarregado de força. O homem que se encontra nesse estado transforma as coisas até que reflitam o seu poder – até que sejam reflexos de sua perfeição. Esse ter de transformar em perfeição é – arte. [...] na arte, o homem goza a si próprio como perfeição. P.83

É preciso ser carente de espírito para adquiri-lo – ele se perde quando não se necessita mais dele. P. 88

Os homens mais espirituais, supondo que sejam os mais corajosos, também vivem, de longe, as tragédias mais dolorosas: mas justamente por isso eles honram a vida, por lhes oferecer a sua maior oposição. P. 90

Hoje, sem dúvida, é possível um número de convicções muito maior do que outrora: possível, ou seja, permitido, ou seja, inofensivo. Daí provém a tolerância em relação a si próprio – Essa tolerância permite várias convicções: elas vivem juntas pacificamente – elas evitam, como todo mundo hoje, se comprometer. Quando alguém se compromete hoje? Quando é consequente. Quando anda em linha reta. Quando suas palavras têm menos de cinco sentidos. Quando é genuíno... É grande meu medo de que o homem moderno simplesmente seja acomodado demais para alguns vícios: de modo que estes praticamente se extingam. Todas as coisas más que dependem da vontade forte – e talvez não haja coisas más sem a força da vontade – degeneram, na nossa atmosfera morna, em virtude... Os poucos hipócritas que conheci imitavam a hipocrisia: eram, como hoje em dia quase toda pessoa em cada dez, atores. P. 90-91

Nada repugna mais ao gosto de um filósofo do que o homem quando deseja [...] o filósofo despreza o homem desejante, também o desejável – e sobretudo todas as desejabilidades, todos os ideais do homem. Se um filósofo pudesse ser niilista, ele o seria porque encontra o nada atrás de todos os ideais do homem. Ou nem sequer o nada – mas apenas aquilo que não vale nada, aquilo que é absurdo, doentio, covarde, cansado, toda espécie de borra da taça esvaziada de sua vida... Como pode ser que o homem, tão venerável enquanto realidade, não mereça qualquer respeito tão logo deseje? Precisa expiar o fato de ser tão capaz como realidade? Precisa compensar seu agir, a tensão da inteligência e da vontade em todo agir, espreguiçando seus membros no âmbito do imaginário e do absurdo? – Até agora, a história de suas desejabilidades foi a partie honteuse do homem [...] o que justifica o homem é a sua realidade – ela o justificará eternamente. Quanto não será maior o valor do homem real se comparado com um homem meramente desejado, sonhado, um logro do princípio ao fim? Com algum homem ideal? E apenas o homem ideal repugna ao gosto do filósofo. P. 100-101

O homem liberto, e tanto mais o espírito liberto, pisoteia a espécie desprezível de bem-estar com que sonham merceeiros, cristãos, vacas, mulheres, ingleses e outros democratas. O homem livre é guerreiro. P. 110

A beleza não é um acaso. – Também a beleza de uma raça ou de uma família, sua graça e amabilidade em todos os gestos, é alcançada por meio de trabalho: [...] resultado final do trabalho acumulado de gerações. É preciso ter feito grandes sacrifícios ao bom gosto, é preciso ter feito e deixado de fazer muitas coisas por sua causa. P. 121-122

Tudo o que é bom é herança: o que não é herdado é imperfeito, é começo... p. 122

É a coragem para a realidade, afinal, o que distingue entre naturezas como a de Tucídides e Platão: Platão é um covarde frente á realidade – logo, ele se refugia no ideal; Tucídides é senhor de si; logo, também, é senhor das coisas... p. 131

[...] o próprio caminho que leva à vida, a geração, é considerado caminho sagrado... Só o cristianismo, com seu ressentimento contra a vida por fundamento, fez da sexualidade algo impuro: ele jogou lama no começo, no pressuposto, de nossa vida... p. 135

O homem quando deseja

Nada repugna mais ao gosto de um filósofo do que o homem quando deseja [...] o filósofo despreza o homem desejante, também o desejável – e sobretudo todas as desejabilidades, todos os ideais do homem. Se um filósofo pudesse ser niilista, ele o seria porque encontra o nada atrás de todos os ideais do homem. Ou nem sequer o nada – mas apenas aquilo que não vale nada, aquilo que é absurdo, doentio, covarde, cansado, toda espécie de borra da taça esvaziada de sua vida... Como pode ser que o homem, tão venerável enquanto realidade, não mereça qualquer respeito tão logo deseje? Precisa expiar o fato de ser tão capaz como realidade? Precisa compensar seu agir, a tensão da inteligência e da vontade em todo agir, espreguiçando seus membros no âmbito do imaginário e do absurdo? – Até agora, a história de suas desejabilidades foi a partie honteuse do homem [...] o que justifica o homem é a sua realidade – ela o justificará eternamente. Quanto não será maior o valor do homem real se comparado com um homem meramente desejado, sonhado, um logro do princípio ao fim? Com algum homem ideal? E apenas o homem ideal repugna ao gosto do filósofo. P. 100-101 

NIETZSCHE, Friedrich Wilhelm. Crepúsculo dos ídolos, ou, como se filosofa com o martelo. Porto Alegre: L&PM, 2010. 144 p. (Coleção L&PM Pocket, v. 799). ISBN 978-85-254-1916-3

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Presos que lerem e entenderem obra de Dostoiévski terão pena reduzida

A Vara Criminal de Joaçaba, sob comando do juiz Márcio Umberto Bragaglia, deu a largada na sexta-feira (23) ao projeto Reeducação do Imaginário, que consiste na distribuição de obras clássicas aos apenados da comarca, para leitura e posterior cobrança de pontos em entrevistas com o magistrado e seus assessores. Os participantes que demonstrarem compreensão do conteúdo, respeitada a capacidade intelectual de cada apenado, poderão ser beneficiados com a remição de quatro dias de suas respectivas penas.

O primeiro módulo do projeto consiste na leitura da obra "Crime e Castigo", de Fiódor Dostoiévski. No segundo módulo, para o qual já existe etapa de aquisição de livros, os apenados lerão "O Coração das Trevas", de Joseph Konrad. Depois virão obras de William Shakespeare, Charles Dickens, Walter Scott, Camilo Castelo Branco e outros autores, todos recomendados por intelectuais do calibre de Otto Maria Carpeaux, Olavo de Carvalho, Harold Bloom e Mortimer J. Adler. Os livros serão adquiridos em edições de bolso, diretamente com verbas de transação penal destinadas ao Conselho da Comunidade, que juntamente com o Presídio Regional de Joaçaba participa do projeto encabeçado pela Vara Criminal.

"O projeto (...) visa a reeducação do imaginário dos apenados pela leitura de obras que apresentam experiências humanas sobre a responsabilidade pessoal, a percepção da imortalidade da alma, a superação das situações difíceis pela busca de um sentido na vida, os valores morais e religiosos tradicionais e a redenção pelo arrependimento sincero e pela melhora progressiva da personalidade, o que a educação pela leitura dos clássicos fomenta", interpreta o juiz Bragaglia, declaradamente inspirado nas lições de educação do filósofo Olavo de Carvalho, a quem considera o maior pensador brasileiro vivo e em atividade.

Nesta manhã, reunidos no Salão do Júri, os apenados participantes do projeto – todos voluntários - ouviram palestra do juiz Bragaglia. "Não vou subestimar a capacidade de vocês, não vou sugerir que leiam best-sellers, autoajuda, subliteratura ou outras inutilidades. Ao contrário! Todo ser humano, por mais difícil que seja sua situação ou por mais precária que tenha sido sua educação, tem condições de ler grandes obras com proveito, e é isto que torna essas obras eternas: o quanto elas falam da experiência concreta, da alma humana", comentou o magistrado. Ao final, cada participante recebeu uma edição de "Crime e Castigo", acompanhada de um dicionário de bolso. As avaliações ocorrerão em 30 dias. O projeto conta com o apoio e a participação do Ministério Público de Santa Catarina, por meio do promotor de justiça criminal de Joaçaba, Protásio Campos Neto.

Fonte: Tribunal de Justiça de Santa Catarina

O castrado ideal

A moral antinatural, ou seja, quase toda moral que até agora foi ensinada, venerada e pregada, volta-se, ao contrário, justamente contra os instintos da vida – ela é uma condenação desses instintos, ora secreta, ora sonora e  atrevida [...] o santo em quem Deus se compraz é o castrado ideal. A vida acaba onde o reino de Deus começa. P. 46
 
NIETZSCHE, Friedrich Wilhelm. Crepúsculo dos ídolos, ou, como se filosofa com o martelo. Porto Alegre: L&PM, 2010. 144 p. (Coleção L&PM Pocket, v. 799). ISBN 978-85-254-1916-3

Domesticação

Chamar a domesticação de um animal como melhoramento soa aos nossos ouvidos quase que como uma piada. Quem sabe o que acontece nas exposições de feras duvida que nelas a besta seja melhorada. Ela é enfraquecida, tornada menos daninha, transformada numa besta doentia através do afeto depressivo do medo, através da dor, dos ferimentos, da fome. – Não é diferente com o homem domesticado que o sacerdote melhorou. P. 61

[...] a de uma caricatura de homem, de um aborto: ele se transformou em um pecador, estava metido na jaula, fora trancado entre conceitos que eram todos terríveis... E ali estava agora, doente, miserável, malévolo contra si próprio; cheio de ódio contra os impulsos da vida, cheio de suspeita quanto a tudo que ainda era forte e feliz. [...] torna-la doente pode ser o único meio de enfraquecê-la. Isso a igreja entendeu: ela corrompeu o homem, ela o enfraqueceu. P. 61

 
NIETZSCHE, Friedrich Wilhelm. Crepúsculo dos ídolos, ou, como se filosofa com o martelo. Porto Alegre: L&PM, 2010. 144 p. (Coleção L&PM Pocket, v. 799). ISBN 978-85-254-1916-3

Corres à frente?

NIETZSCHE, Friedrich Wilhelm. Crepúsculo dos ídolos, ou, como se filosofa com o martelo. Porto Alegre: L&PM, 2010. 144 p. (Coleção L&PM Pocket, v. 799). ISBN 978-85-254-1916-3
 

Corres à frente? – Fazes isso na condição de pastor? Ou de exceção? Uma terceira possibilidade seria o desertor... Primeiro caso de consciência. P. 24

 

És autêntico? Ou apenas um ator? És um representante? Ou a própria coisa representada? – No fim das contas, talvez sejas meramente a imitação de um ator... Segundo caso de consciência. P. 24

 

És alguém que observa? Ou que coloca mãos à obra? – Ou o que desvia o olhar e se afasta?... Terceiro caso de consciência. P. 24

 

Queres ir junto? Ou à frente? Ou andar sozinho?... Devemos saber o que queremos e que o queremos. Quarto caso de consciência. P. 25

domingo, 18 de novembro de 2012

Procura-se

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Meu livro de poesia: palavras com cheiro

Palavras com cheiro. Florianópolis: Edição dos Autores, 2012. 91 p. 15 x 20cm. R$ 25,00
 

ESCREVER PARA MORRER
(f. foresti)

Escrevo estes versos frouxos
Para esquecer os gestos mesquinhos,
Toda a estupidez e falta de carinho
Que meu coração lhe deu.

Escrevo para esquecer quem sou
E para esquecer outro alguém.
Para lembrar das boas ações
Que eu fiz para ninguém.

Arquivos Malucos