Um livro é um mudo que fala, um surdo que responde, um cego que guia, um morto que vive. (Padre Antônio Vieira)

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Ensaio fotográfico mostra a verdade por trás do que você come

Fotógrafo confronta indústria e resolve mostrar o que de fato estamos comendo por trás dos apetitosos alimentos industrializados

http://www.pragmatismopolitico.com.br/2015/05/ensaio-fotografico-mostra-a-verdade-por-tras-do-que-voce-come.html

Você já parou para pensar do que são feitos os empanados de frango que estão em seu congelador? Se você desconfia que as iguarias não são "100% frango", está certo. Uma pesquisa realizada em Mississipi constatou que os empanados contém de 40% a 50% carne de frango. O restante é composto por cartilagens, gordura, nervos e fragmentos de ossos.

Tentando alertar para esta composição, um fotógrafo texano resolveu fazer uma campanha de conscientização. Em "Mysterious Meat" (Carne misteriosa, em tradução livre), Peter Augustus, que vive em Hong Kong, mostra a verdadeira composição dos pratos industrializados, e sobretudo a carne que eles contêm, em sua forma bruta.

"Ao chegar a Hong Kong pela primeira vez, as cenas que mais me marcaram foram os açougues (…)", explica Peter Augustus. "Como estrangeiros vindos de uma grande cidade do Ocidente, a maioria de nós nunca vê de perto com que se parece o animal que vamos comprar e comer – está sempre embalado adequadamente e apresentado em um supermercado climatizado", ele constatou.

"Ao ter de passar na frente desses açougues todos os dias, com as cabeças de porcos, os intestinos, os olhos e os pulmões pendurados de ganchos em pleno ar, isso me trouxe um desafio de encarar essas lojas como um lugar normal, de onde vem o verdadeiro alimento, que termian no cardápio de um restaurante local", afirma Peter.

"A maioria de nós raramente vê de perto que tipo de comida estamos comprando. Elas estão sempre embaladas, bonitas e arrumadas, exibidas em um refrigerador de supermercado", disse o fotógrafo.

Confira abaixo algumas imagens do ensaio "Mysterious Meat":

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Hiper-realismo: parece fotografia, mas não é; surpreenda-se

Parece fotografia, mas não é: uma seleção de 15 incríveis artistas hiper-realistas. Seja pintando retratos, paisagens ou objetos, os quinze artistas a seguir criam obras tão realistas que são de tirar o fôlego. Conheça o trabalho desses mestres do hiper-realismo, e surpreenda-se

Fotografia? Não.

O hiper-realismo é derivado do fotorrealismo, e teve sua origem na segunda metade do século XX. Como o próprio nome indica, o realismo é levado ao extremo, ou seja, acrescentam-se muitos detalhes às obras de pintura, desenho ou escultura, para que esse se aproxime o máximo possível da realidade.

Os hiper-realistas utilizam-se das cargas sociais ou emocionais de suas obras, contextualizando-as de modo a criar narrativas singular e cheias de poesia.

É importante notar o componente paradoxal do hiper-realismo: apesar das obras aproximarem-se da realidade a ponto de serem quase idênticos, não são a realidade. Essa simulação de realidade cria a ilusão de uma nova realidade, mais complexa e, principalmente, mais subjetiva.

Roberto Bernardi: impessoalidade fria

O italiano Roberto Bernardi é tão real que podemos quase sentir a temperatura dos objetos que retrata. O artista, que começou a pintar telas com menos de 10 anos de idade, hoje domina o hiper-realismo. Suas obras mostram cenas da vida cotidiana de forma crítica, exibindo com impessoalidade e frieza a forma automatizada como vivemos.

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Por Roberto Bernardi

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Por Roberto Bernardi

Alyssa Monks: quando o realismo descontrói a si mesmo

"Quando comecei a pintar o corpo humano, me tornei tão obcecada com ele que precisava do máximo de realismo possível. Persegui realismo até que chegou a um extremo, e começou a desconstruir a si mesmo", explica Alyssa Monks, pintora de Nova Jérsei de 35 anos. "Estou explorando a possibilidade e potencial de representação, onde a pintura figurativa e abstrata encontram-se, onde coexistem."

E como fazer o abstrato e o hiper-realismo coexistirem? Alyssa utiliza-se de "filtros" que insere em suas pinturas – como a presença de água, vidro, vapor – que distorcem as figuras que representa.

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Por Alyssa Monks

Juan Francisco Casas: só caneta Bic

Quem nunca rabiscou com uma caneta Bic? O espanhol Juan Francisco Casas, de 34 anos, cria desenhos tão realistas usando apenas as famosas canetas que parecem fotografias.

Tudo começou há seis anos, quando Casas começou a desenhar seus amigos divertindo-se. Um ano depois, o artista decidiu enviar um dos seus desenhos a uma competição nacional de arte – apesar de achar que os jurados, provavelmente, achariam que aquilo era piada. Ele levou o segundo lugar.

Seus trabalhos incríveis, alguns com vários metros de altura, consomem 14 canetas esferográficas cada, e podem levar até duas semanas para ficar prontos.

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Por Juan Francisco Casas

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Por Juan Francisco Casas

Gottfried Helnwein: verdades perturbadoras

Um dos mais famosos artistas hiper-realistas é o austríaco Gottfried Helnwein. Seus trabalhos geralmente são perturbadores, sensação que ganha ainda mais força pelo realismo chocante. Alguns temas recorrentes em seus trabalhos são a infância e a perda da inocência, mas o artista também fez diversos autoretratos hiper-realistas, além de vez ou outra, trabalhar com performances e instalações.

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Por Gottfried Helnwein

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Henrik Aarrestad Uldalen: sonhos em realidade

É difícil acreditar que o norueguês Henrik Aarrestad Uldalen seja um autodidata. Ele cria obras hiper-realistas envoltas em uma aura mística, que remetem aos sonhos. As figuras desenhadas podem estar flutuando, voando ou nadando em grandes espaços vazios.

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Henrik Aarestad

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Henrik Aarestad (imagem)

Paul Lung: na ponta da lapiseira

Paul Lung, um artista de 38 anos de Hong Kong, faz desenhos tão incríveis que seus amigos começaram a duvidar que as obras não eram fotografias. O que é mais impressionante é que tudo que ele precisa são um grafite simples 0,5 mm, e uma folha sulfite A4!

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Paul Lung

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Paul Lung

Paul Cadden: carvão e giz branco

O artista escocês Paul Cadden utiliza apenas grafite, giz branco e carvão para criar seus retratos hiper-realistas. Ele dá destaque para os elementos mais sutis das cenas, do brilho nas gotas de água escorrendo às pequenas rugas que marcam o rosto de um idoso.

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Paul Cadden

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Paul Cadden

Rajacenna : talento aos 18 anos

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Rajacenna

Dá para acreditar que o desenho acima foi feito por uma garota de 18 anos?

Rajacenna está acostumada a ser precoce. A holandesa, nascida em 1993, começou a trabalhar como modelo aos 4 anos de idade, e aos 5 fez suas primeiras aparições na televisão. Ela estrelou filmes, novelas e seriados e aos 12 anos tornou-se apresentadora do Kinderjournaal.

Porém, foi só em 2009 que Rajacenna decidiu dedicar-se aos desenhos, e começou a produzir ilustrações incríveis. Ela leva cerca de 40 horas para completar cada um dos desenhos. Ufa!

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Rajacenna

Para os mais céticos, aqui está um vídeo de Rejacenna desenhando. Impressionante!

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Steve Mills: simplicidade bucólica

O americano Steve Mills sempre foi obcecado pela busca do realismo em seus desenhos. Quando tornou-se pintor, durante seu estudos de paisagens, descobriu o hiper-realismo e apaixonou-se.

As obras de Steve Mills demonstram uma paixão pela vida e um gosto em encontrar a beleza nos pequenos detalhes. O próprio artista define seu tema favorito como "o comum incomum" ou "o ordinário extraordinário".

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Steve Mills

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Steve Mills

Hubert de Lartigue: a força da sensualidade

O francês Hubert de Lartigue já foi ilustrador de livros e desenhista de pin-ups. Não satisfeito, ele resolveu expressar todo seu deslumbramento pela beleza feminina, nas suas manifestações mais simples, através de suas pinturas hiper-realistas.

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Hubert Lartigue

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Hubert Lartigue

Hynek Martinec: a pessoa por trás da imagem

O tcheco Hynek Martinec captura em suas pinturas hiper-realistas as texturas da personalidade e psique dos retratados. Quase podemos compreender as pessoas que estão sobre a tela, com suas deficiências e medos. O artista já viajou por vários lugares do mundo, e pintou pessoas das mais diversas nacionalidades, crenças e idades – o que só fez crescer o seu talento.

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Hynek Martinec

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Hynek Martinec

Tjalf Sparnaay: para comer com os olhos

Difícil olhar para os quadros de Tjalf Sparnaay e não ficar com água na boca. O artista, influenciado por grandes pintores como Johannes Vermeer e Rembrant, nos apresenta alimentos cotidianos tão cheios de presença que podemos quase saboreá-los: os seus pães são crocantes, suas carnes, suculentas, e seus doces, apetitosos. Bon appetit!

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Tjalf

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Tjalf

Matteo Mezzetta: o cotidiano em branco e preto

Em suas telas, Matteo Mezzetta dedica-se a reproduzir cenas do cotidiano em preto e branco. Suas obras ganham força derivada tanto pelo excesso de realismo, quanto pela colocação de situações absolutamente comuns como arte, obrigando a expectador a refletir sobre a própria caracterização de obras de arte como tal.

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Matteo

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Matteo

Yigal Ozeri: mulheres etéreas

Yigal Ozeri, de Israel, prefere retratar jovens mulheres em conexão com a natureza, envoltas em um ar etéreo e misterioso. A feminilidade e a sensualidade emanam de sua obra, com toques renascentistas. Ozeri afirma que, sob as tintas de seus retratos, podemos encontrar um mundo de "romantismo, violência e liberdade".

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Yigal Ozeri

Diego Gravinese: viva a vida

O argentino Diego Gravinese cria obras cheias de vitalidade e movimento. A sua mistura perfeita entre o mundano e o bizarro, além da evidente descontração dos retratados, gera uma energia e presença inconfundíveis em cada um de seus quadros.

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Diego Gravinese

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Diego Gravinese

Juliana Pacheco, FalaCultura Edição: Pragmatismo Politico

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