Um livro é um mudo que fala, um surdo que responde, um cego que guia, um morto que vive. (Padre Antônio Vieira)

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Muitos corações

Eu tenho um coração de vidro:
Ele pode quebrar-se a qualquer hora.
Eu também tenho um coração de osso,
Que os cachorros já roeram, pasmem: até o osso.
Eu tenho um coração de pedra,
Que uma criança má jogou em todas as vidraças.
Eu tenho muitos corações
E um coração dentro de cada coração que eu tenho.
Eu tenho um coração para cada segundo do meu dia.
Eu tenho um coração que toda semana me encontra
E outro que todo dia me deixa.
Tenho um coração que está sempre comigo, mas quer ir embora.
Já não entendo mais o meu coração.
Já não entendo mais o meu coração.
Acho que vou mandá-lo à merda.
Adeus coração: vai à merda!

f. foresti

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