Um livro é um mudo que fala, um surdo que responde, um cego que guia, um morto que vive. (Padre Antônio Vieira)

terça-feira, 10 de maio de 2011

Bêbado

Arrepender-se depois somente de tão desmedido consumo.

Rir-se mais do precedente arrebatamento de um vulto

Que na afluência dos sentires do mundo esteve assim tão contente.

 

Eis do beber o esperado: lançar-se aos braços de Dioniso

E de todos haver ganhado ao menos um curto sorriso.

Deliberadamente o riso. Rir, rir tanto de si mesmo!

 

E bêbado de tanto sentir por sentir tanto de bêbado

Transbordar-se inteiro de si e espalhar-se todo no meio.

Chamas Arte o transbordar de vida? O bêbado chame-o artista.

 

 

Fabiano Foresti

 

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