Um livro é um mudo que fala, um surdo que responde, um cego que guia, um morto que vive. (Padre Antônio Vieira)

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Cinco animais que usam 'olhos falsos' para enganar ou seduzir

Olhos são belos, misteriosos, encantadores. Mas eles também podem enganar - sobretudo no reino animal. Muitas espécies têm "olhos falsos" em seus corpos, um artifício para enganar seus predadores e sobreviver na natureza.
Conheça abaixo alguns exemplos de "olhos falsos".

CENTOPEIA COM OLHAR DE COBRA


É um desafio para os biólogos que trabalham com evolução das espécies determinar o porquê de alguns corpos terem desenvolvido partes em formatos semelhantes aos dos olhos.
Em alguns casos, não há indícios de que essas características sejam percebidas como olhos pelas demais espécies.
Mas há casos em que cientistas acreditam ter obtido respostas satisfatórias. John Skelhorn, da universidade britânica de Newcastle, fez uma experiência de como pássaros reagem a centopeias que possuem olhos falsos e se assemelham a cobras.
No experimento, os cientistas também criaram massas comestíveis em formato de centopeias, com olhos falsos pintados em diversas partes do corpo. O objetivo era determinar como a posição do olho falso no corpo era percebido pelo pássaro, e se isso influenciava a sua decisão de atacar a presa.
A pesquisa confirmou a hipótese dos cientistas: pássaros evitam atacar centopeias que possuem olhos falsos em lugares que as deixam parecidas com cobras.

BORBOLETAS COM OLHOS NAS ASAS


Outras espécies parecem usar olhos falsos em outro sentido: para desorientar seus predadores, em vez de imitar outras espécies.
Uma pesquisa semelhante à que foi feita com as centopeias foi repetida com borboletas pelo cientista Martin Stevens, da universidade britânica de Exeter. Nessa experiência, eles colocaram borboletas reais ao lado de borboletas falsas, e testaram vários formatos diferentes de "olhos" nas asas.
Algumas asas tinham olhos com borda preta e interior branco; em outras, o formato era retangular, em vez de circular. Nesses casos, o comportamento dos pássaros não variou.
O que influenciou mesmo na reação dos pássaros foi o contraste. Borboletas cujos olhos falsos apresentavam um grande contraste de cores com as asas foram evitadas pelos predadores, o que sugere que a função do adorno é desorientar os pássaros.

SAPO COM OLHAR TÓXICO


Um sapo brasileiro conhecido como Physalaemus nattereri ou Eupemphix nattereri tem olhos falsos em cima das patas traseiras. A característica física ajuda os sapos a escapar de predadores como pássaros.
Os olhos falsos podem crescer de tamanho. Quando o predador se aproxima, um disco escuro no centro do olho falso solta uma substância tóxica. O veneno produzido é tão potente que pode matar 150 camundongos.
Corujas que tentam se alimentar do sapo acabam vomitando o animal inteiro.

ARANHAS QUE ATRAEM COM OLHOS FALSOS


Olhos falsos nem sempre são usados para fugir de predadores. Às vezes eles são usados para atrair o sexo oposto.
Aranhas possuem muitos olhos, e alguns deles são falsos. No caso de algumas aranhas do gênero Maratus, típicas da Austrália, eles estão localizados no abdômen do macho. O objetivo, assim como no pavão, é atrair fêmeas.
O animal usa todos os mecanismos possíveis para seduzir, com um festival de cores e movimentos. Todo esse espetáculo foi capturado pelas lentes do entomologista Jurgen Otto e publicado na internet. Assista ao vídeo aqui.
Com seu tamanho de apenas 4 milímetros, os machos dão um show com seu "arsenal" no abdômen. O ritual todo de sedução pode durar até 50 minutos.

PAVÕES SEDUTORES


Outra espécie que também possui padrões parecidos com olhos são os pavões. O objetivo do adorno é o mesmo das aranhas: seduzir o sexo oposto. Pavões possuem mais de 150 penas, cada uma delas com um formato semelhante ao de olhos, só que repletos de cores.
Os pesquisadores já observaram 34 espécies diferentes da ave, tentando entender quais os aspectos dos olhos falsos dos machos que mais atraem as fêmeas. O sucesso, segundo um dos estudos, estava na coloração azul e verde.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Fortuna de super-ricos é 'incontrolável', diz pesquisador

Ruth Costas

Da BBC Brasil em São Paulo
  • 10 novembro 2014
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Billionário (Thinkstock)Cerca de 1% da população controla de 17% a 20% da riqueza nacional.

O pesquisador Antonio David Cattani, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) com formação na Paris-Sorbonne, diz ter escolhido um caminho diferente de 99% de seus colegas.

Enquanto a maioria dos cientistas sociais se debruçam sobre questões relativas a pobreza e a miséria, Cattani resolveu desbravar o outro lado da problemática da desigualdade social - a extrema riqueza, ou os super-ricos.

A escolha já foi mais difícil de ser justificada. Desde que o francês Thomas Piketty tornou-se um best-seller com a tese de que o capitalismo está concentrando renda em vários países, o que ocorre no topo da pirâmide social global tem ganhado um pouco mais de espaço nos debates de economistas e sociólogos - ao menos no exterior.

Para Cattani, no Brasil a situação é um pouco diferente da de outros países, porque aqui ao menos se avançou no combate à pobreza. "Mas só isso não basta. Precisamos reduzir a distância entre ricos e pobres para termos uma sociedade equilibrada, com qualidade de vida e sem violência", defende.

Em A Riqueza Desmistificada (ed. Marcavisual) - livro escrito durante um ano de estudos na Universidade de Oxford, no Reino Unido - o pesquisador defende que a extrema riqueza precisa deixar de ser um "tabu" para que possamos entender o papel dos multimilionários na economia, na política e na sociedade brasileira. Confira abaixo a entrevista concedida por Cattani à BBC Brasil:

BBC BRASIL: O que o caso Eike Batista diz sobre o modo como encaramos a riqueza em nossa sociedade?

Cattani - Eike teve uma ascenção meteórica que envolveu o uso de recursos públicos e, aparentemente, também informação previlegiada. Mas havia um certo deslumbramento da opinião pública por ele. No auge de sua carreira, centenas de pessoas pareciam dispostas a pagar US$ 1.000 ou US$ 2.000 para ouvir uma palestra sua. E não havia qualquer questionamento sobre a forma como seu império foi construído - um gigante com os pés de barro.

De certa forma isso ocorreu porque há um fascínio em torno da riqueza, um deslumbre. Os grandes empresários, executivos, e ricos de uma maneira geral são tratados como superiores.

É natural que a riqueza seja vista como algo positivo, que todos almejam. Isso é até legítimo. Mas esse deslumbramento tem impedido uma análise mais rigorosa sobre como algumas dessas fortunas são construídas - o que pode envolver processos abusivos e predatórios, monopólios, vantagens junto ao poder público e outros subterfúgios, como no caso de Eike.

Leia mais: Brasil é 10º país com maior número de multimilionários, diz estudo

BBC BRASIL: Por que o sr. escolheu estudar os ricos?

Cattani - Cerca de 99% dos estudos na área de ciências sociais se debruçam sobre os pobres, a classe média e a classe trabalhadora. Poucos estudam os ricos. Mas em um dos países mais desiguais do mundo o estudo da riqueza é crucial. É o topo da pirâmide social que controla os meios de comunicação, as grandes empresas, os negócios e processos políticos e eleitorais, tomando decisões que afetam todo o resto da população. Ou seja, os ricos e super-ricos ajudam a influenciar processos que determinam a estrutura da sociedade.

Os pobres são milhões mas têm um poder mais limitado, não estão organizados, estão sob a influência dos meios de comunicações. Às vezes, meia dúzia de megaempresários influencia decisões econômicas que alteram a vida de todos.

O financiamento das empresas às campanhas políticas, por exemplo, me parece inconveniente. Por que elas dão milhões para esse ou aquele candidato? De alguma forma, querem retorno - e isso não ajuda a melhorar a qualidade de nossa democracia.

Antonio David CattaniAntonio David Cattani, da UFRGS

Alguns dados apontam que 1% da população controla de 17% a 20% de toda riqueza nacional. E os ricos, como os pobres, não são autorreferentes ou autoexplicativos. Ou seja, a riqueza ajuda a explicar a pobreza - e vice-versa. Por isso, temos de entender como se estrutura essa sociedade de alto a baixo. Não que os estudos sobre os pobres não sejam importantes, mas eles precisam ser complementados com análises de economistas e sociólogos sobre o topo da pirâmide - e sobre de que forma esse topo está acumulando sua fortuna.

BBC BRASIL: Por que é tão difícil estudar o topo da pirâmide social?

Cattani - A riqueza é tratada em nossa sociedade como um objeto de veneração, um totem, algo superior que precisa ser respeitado. É um tema proibido.

Além dessa dimensão ideológica, há as dificuldades práticas. Os pobres são acessíveis. Os pesquisadores podem entrar em suas casas e fazer as perguntas mais inconvenientes sobre todos os aspectos de suas vidas. Eles respondem porque esperam que isso possa ajudá-los a melhorar a sua situação.

Já os multimilionários não respondem às pesquisas porque não têm interesse em informar sobre a origem e a exata dimensão de sua riqueza. Não querem que ninguém vá bisbilhotar seu patrimônio. E o resultado é que os dados estatísticos sobre eles são extremamente fracos. Não dá para confiar apenas na declaração de imposto de renda - até porque poucos ricos são assalariados. E é difícil obter dados sobre o patrimônio. Muitos multimilionários mantêm parte de sua riqueza no exterior - têm imóveis em Paris, Londres ou Miami e escondem fortunas em paraísos fiscais.

Para completar, eles são protegidos por mecanismos legais e jurídicos, como o sigilo bancário e de declaração do imposto de renda.

BBC BRASIL: Piketty tenta há alguns anos estudar o Brasil, mas um de seus colaboradores relatou a BBC Brasil ter dificuldade em acessar dados da Receita Federal...

Cattani - Acho que no Brasil há regras específicas que garantem o sigilo desses dados e pouca colaboração das autoridades.

Leia mais: Crítico sensação do capitalismo quer estudar o Brasil, mas Receita não libera dados

BBC BRASIL: Quem são esses ricos?

Cattani - É difícil quantificar isso. No Brasil, em geral as pesquisas demográficas e sociais estabelecem um patamar de renda de R$ 6 mil, às vezes R$ 10 mil por mês - elas dizem: todo mundo que está acima disso é rico, é classe A. Mas precisamos estabelecer melhor as diferenças dentro desse grupo. Quem ganha R$ 6 mil por mês pode ter um bom padrão de vida, mas seu poder e o impacto na sociedade é muito diferente do que quem ganha centenas de milhares de reais.

A partir de um certo patamar, o indivíduo em questão dispõe de uma corte de serviçais, assessores tributaristas e advogados para ajudar a multiplicar sua fortuna, assessores de marketing pessoal e institucional. Faz parte do topo da pirâmide que verdadeiramente tem poder. No caso dos super-ricos eu trabalho com um percentual de 0,1% da população adulta, por exemplo.

Eike Batista (Reuters)Após ascensão meteórica, o empresário Eike Batista diz que agora é "classe média"

Também há um patamar em que a riqueza gera riqueza continuamente - mesmo em situação de crise, quando a economia real sofre. Uso um conceito interessante que é o de "riqueza substantiva" - essa riqueza tão grande que escapa até ao controle político. Quem é assalariado não tem noção do que é ganhar milhões de dólares, mês após mês, ano após ano. Nem quem tem uma pequena empresa, um apartamento na praia e um mesmo automóvel do ano. Tem lá seu capital, alguns trabalhadores - mas não tem uma riqueza que se multiplica continuamente.

BBC BRASIL: O sr. menciona no livro a série de TV Mulheres Ricas, de 2012. Temos os colunistas sociais, revistas sobre ricos e famosos ... Até que ponto o mundo dos super-ricos está mesmo oculto, como o sr diz?

Cattani - Um famoso apresentador de TV pode tirar uma foto em seu iate para mostrar como é bem sucedido. Mas essa publicidade é pouco relevante - e eles só mostram o que interessa. O próprio Eike era uma exceção. Há toda uma camada de ricos do setor financeiro, do agronegócio que são discretissimos, não tem interesse nenhum em se mostrar. Circulam incolusive em outra esfera, internacional.

BBC BRASIL: Afinal, há algum problema em ser milionário ou bilionário? Não é "justo" que um indivíduo talentoso e trabalha duro possa gozar dos frutos de seus esforços?

Cattani - A partir de um certo nível muitas fortunas não tem mais origem no empreendedorismo, mas em situacões de poder. É esse o caso dos monopólios, por exemplo, que reduzem a eficiência da economia como um todo. Ao anular a concorrência, um determinado grupo impõe seu preço, sua prática de negócios, se vale de mecanismos tributários para aumentar sua riqueza.

É um mito essa ideia de que toda riqueza é produto de talento e trabalho duro. Há fortunas que são, sim resultado de um esforço legítimo e talentos empresariais. Mas há também herdeiros que não fazem bom uso do que receberam, multimilionários de mentalidade rentista, riquezas montadas a partir de privilégios e práticas ilegítimas. A riqueza extrema também pode ser nefasta para os negócios, para a democracia e para o próprio capitalismo.

Leia mais: Ricos brasileiros têm quarta maior fortuna do mundo em paraísos fiscais

BBC BRASIL: O Brasil é um dos poucos países em que a desigualdade de renda teria diminuído nos últimos anos. Estamos no caminho certo?

Cattani - Estamos no caminho correto das políticas públicas para redução da pobreza, mas as distâncias entre os ricos e os demais ainda são imensas. Há muito a fazer no tema da concentração de renda.

O problema é que quem está no topo da pirâmide quer manter seus privilégios. No Brasil, o pobre paga proporcionalmente mais imposto, por exemplo. Não há impostos sobre heranças e doações, como em muitos países desenvolvidos. Também não há imposto sobre dividendos e rendimentos do capital. Quem ganha milhões com dividendos não paga nada, enquanto um assalariado a partir de dois mil, três mil reais já paga imposto de renda. Precisamos de uma reforma na área tributária, além de um combate mais firme a paraísos fiscais.

BBC BRASIL: Por que é importante combater a desigualdade? Não basta combater a pobreza?

Cattani - Enquanto não avançarmos nessa área, não teremos uma sociedade mais equilibrada, com mais qualidade de vida e no qual todos tenham boas oportunidades de trabalho para desenvolver suas capacidades. Há estudos que mostram que a violência está diretamente relacionada às distâncias sociais, por exemplo. Além disso, a partir de determinado patamar, a concentração de renda prejudica a eficiência de uma economia, tira dinamismo do mercado interno. É melhor ter uma fortuna reinvestida na produção, gerando emprego, do que imobilizada em uma mansão luxuosa ou em contas no exterior.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/11/141104_superricos_ru

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Intervenção


terça-feira, 4 de novembro de 2014

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Gigantesca cidade submersa descoberta no Triângulo das Bermudas


Informação veiculada na página oficial do History Channel esclarece sobre uma incrível descoberta conduzida pelos estudiosos canadenses Paul Weinzweig e Pauline Zalitzki. Os pesquisadores encontraram vestígios do que seria uma cidade submersa ao norte da costa leste de Cuba, no Triângulo das Bermudas - área também apelidada de "Triângulo do Diabo" por causa de constantes desaparecimentos não esclarecidos de aviões e barcos.

Com a ajuda de um robô-explorador de águas profundas [Robotic Ocean Vehicle - na sigla ROV], os investigadores encontraram ruínas a cerca de 700 metros de profundidade, e não demorou muito para que os achados fossem vinculados ao mito de Atlântida, um continente mencionado pelo filósofo grego Platão, que teria existido há aproximadamente 10 mil anos e que haveria sucumbido diante de um terremoto, uma erupção vulcânica ou uma inundação.

As imagens obtidas pelos especialistas permitem visualizar com nitidez construções arquitetônicas que somente poderiam ter sido feitas por homens - como monólitos com inscrições e pirâmides, uma delas feita de material cristalino, supostamente. De acordo com os cientistas, estas ruínas poderiam ser de um período pré-clássico da história do Caribe e da América Central. Ou não.

Outros relatos sobre o inesperado Achado Arqueológico

De acordo com o site especializado no estudo de estruturas piramidais espalhadas pelo globo, a noroeste da costa de Cuba, a 700 metros de profundidade, o robô submarino citado no texto acima, tirou as fotografias das ruínas de edifícios, quatro pirâmides gigantes e um objeto parecido com uma esfinge na extensão submersa que pode ser visualizada.

Especialistas sugerem que os edifícios pertencem ao período pré-clássico do Caribe e da História da América Central. Segundo estes estudiosos, a antiga cidade podia ter sido habitada por uma civilização semelhante aos habitantes de Teotihuacán (cidade fantasma de cerca de 2.000 anos, localizada a 50 km da cidade do México). 

Não é exagero considerar que as anomalias que ocorrem no Triângulo das Bermudas seja um dos grandes mistérios da humanidade: ocorrências inexplicáveis - principalmente no que se refere às constantes interferências eletromagnéticas - que resultaram em desaparecimentos de muitos aviões e navios.


Embora a descoberta das ruínas submersas tenha sido alardeada há alguns meses, desde 2002 os pesquisadores vieram a público anunciar o que haviam descobertos, ou seja, o achado arqueológico foi localizado há mais de uma década. Na época, Weinzweig declarou aos jornais:"Não sabemos ao certo o quê é, mas identificamos no fundo do mar algo relacionado à uma lenda do México (pré-hispânico), em que a tradição oral fala de uma civilização avançada de pessoas altas, de pele branca que vieram do Oriente, provenientes de uma ilha que afundou em um grande desastre natural. Ali, a palavra Atlanticu significa "nosso bom pai" ou "lugar onde descansa nosso bom pai".

Nem é necessário dizer que em 2002, a descoberta esteve cercada de incredulidade. O editor sênior da revista National Geographic, John Echave (que foi a Cuba estudar as imagens do sonar) comentou: "São anomalias interessantes mas isso é tudo que qualquer um pode dizer agora". Echave lembrou que é difícil explicar formações geológicas submarinas - a exemplo das outras que foram encontradas em outras partes do mundo, como no litoral do Japão e nas Bahamas.

O geólogo da Marinha cubana, Manuel Iturral, pediu mais amostras antes de tirar conclusões sobre o local, dizendo: "Nós temos alguns números que são extremamente incomuns, mas a natureza é muito mais rica do que pensamos". Estimando que teria levado 50.000 anos para tais estruturas terem afundado - baseado na profundidade em que foram encontradas - Iturral reconhece que há 50 mil anos atrás não havia capacidade de arquitetura para construir os complexos edifícios, em nenhuma das culturas que conhecemos.

*****
Foi necessário aguardar uma década, e em 2012, os pesquisadores obtiveram o financiamento necessário e a tecnologia adequada capaz de chegar perto das formações. O robô submarinoROV, equipado com câmeras e poderosos dispositivos de iluminação, confirmou a natureza antropológica das estruturas: de fato, são ruínas de uma cidade gigante que repousam no fundo das águas!

As ruínas incluem ao menos quatro pirâmides, sendo que uma delas comprovou-se ser totalmente confeccionada com um tipo de cristal geológico, além de outras estruturas, como magníficas esfinges e registros de uma escrita desconhecida gravada em blocos de pedra que pesam centenas de toneladas. Todo o complexo está localizado numa das extremidades do perímetro do Triângulo das Bermudas.

E aqui, mais uma vez, a ciência oficial conflita com os pesquisadores que descobriram o local. Apesar de ainda ser cedo para qualquer afirmação mais exata, os cientistas tradicionais afirmam que as ruínas pertencem a uma antiga civilização da América Central do período pré-clássico. Os exploradores canadenses, por sua vez, afirmam que as ruínas são, de fato,pertencentes à mítica Atlântida, lendário continente desaparecido, cuja menção histórica foi citada pela primeira vez, pelo filósofo Platão.

Independentemente das suas origens, o achado é revolucionário, uma das maiores descobertas arqueológicas dos últimos tempos comparável à exploração da tumba do faraó Tut-Ank-Amon e da confirmação arqueológica da Cidade de Troia. Entre as construções submarinas descobertas no Triângulo das Bermudas, as mais impressionantes são duas pirâmides gigantescas, maiores que a pirâmide de Quéops do Egito.


Uma delas teria dimensões avaliadas em 300 m de base por 200 metros de altura. Ambas foram, aparentemente, edificadas com um material semelhante a espesso vidro cristalino, com paredes lisas e translúcidas. No topo da pirâmide existem dois enormes orifícios.

Alguns teóricos especulativos cogitam que as pirâmides sejam atratores de raios cósmicos - ou ainda, que formam campos de energia de natureza quântica, criando um vácuo ou passagem capaz de tragar aqueles veículos que desapareceram ali ao longo da história.

Sei que há uma tendência quase que automática em julgar todas estas informações como sendo de procedência fake, mas recordo que os dados acima foram veiculados em muitos canais de informação que prezam pela seriedade. O próprio jornalista Luis Nassif, que dispensa apresentações (referência em jornalismo político) compartilhou a notícia em sua página

Resta aguardar novas informações detalhadas sobre o assunto. Isso é apenas a ponta do Iceberg... Melhor, é tão somente o topo de uma pirâmide - até então, esquecida por tempo incerto no fundo do oceano. 

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

A bateria de Bagdá

A bateria é feita de um pequeno vaso de argila no qual reside um tubo de chapa de cobre, com diâmetro aproximado de 2,5 cm por 10 cm de comprimento; sua base é selada por um disco de cobre, de seu interior projeta-se uma barra de ferro, aparentemente corroída por ácido, com uma tampa de betume. O mistério por trás desse artefato é: "para que alguém iria querer uma bateria elétrica na Bagdá de 2.000 anos atrás?". Ainda não sabemos a resposta, mas o fato é que um instrumento capaz de gerar energia foi encontrado em 1936, numa ruína próxima à capital do Iraque (daí o nome do objeto). 

O arqueólogo alemão Wilhem Konig percebeu que o objeto estava corroído por uma substância ácida e concluiu que aquilo era uma pilha rudimentar. Em 1940, o engenheiro americano Willard Gray construiu uma réplica da pilha de Bagdá e, usando uma solução de sulfato de cobre, conseguiu gerar cerca de meio volt de eletricidade. Nos anos 70, o egiptólogo alemão Arne Eggebrecht fez a bateria funcionar melhor ainda com um ingrediente abundante na antiga Mesopotâmia: com suco de uva, a pilha produziu 0,87 volt de energia. Uma das hipóteses para o uso da pilha é a medicina – os gregos antigos, por exemplo, usavam peixes elétricos como analgésico. Mas a corrente gerada é pequena demais. Outra possibilidade é a aplicação da energia para galvanizar metais na ourivesaria. De qualquer forma, o real propósito da bateria continua um mistério. 

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Sobre a leitura...


terça-feira, 26 de agosto de 2014

EUA inaugura biblioteca sem livros em papel


Universidade Politécnica da Flórida teve sua primeira aula nesta segunda.
A nova biblioteca tem 135 mil livros, todos em formato digital.

Prédio principal da Universidade Politécnica da Flórida, em foto sem data; a nova biblioteca foi inaugurada sem livros em papel (Foto: Reuters/Divulgação/Universidade Politécnica da Flórica)Prédio principal da Universidade Politécnica da Flórida, em foto sem data; a nova biblioteca foi inaugurada sem livros em papel (Foto: Reuters/Divulgação/Universidade Politécnica da Flórida)

A Universidade Politécnica da Flórida, nos Estados Unidos, foi inaugurada na semana passada na cidade de Lakeland prometendo abordagens inovadoras no ensino e na pesquisa em ciência, tecnologia, engenharia e matemática. Uma dessas inovações é a biblioteca, que foi aberta neste mês com um acervo de 135 mil livros, mas nenhum deles impressos no papel. Todos estão em formato digital. A primeira aula da história da universidade aconteceu nesta segunda-feira (25).

Os 135 mil e-books podem ser acessados pelos estudantes pelo tablet ou notebook pessoais. O local, assim como o resto do campus, é equipado com internet sem fio. Além dos títulos já disponíveis, a instituição tem um orçamento de US$ 60 mil (cerca de R$ 140 mil) para comprar livros digitais por meio de softwares, para que os alunos possam lê-los uma vez gratuitamente. Com o segundo clique, a universidade compra o e-book. "Em vez de o bibliotecário colocar livros que eu acharia relevantes na estante, os estudantes é que estão escolhendo", disse Kathryn."É uma decisão corajosa avançar sem livros", disse à agência de notícias Reuters Kathryn Miller, a diretoria de bibliotecas da nova instituição. A ideia por trás dessa decisão é refletir a priorização pela alta tecnologia que permeia toda a missão da "Florida Poly", como a universidade é chamada nos Estados Unidos.

Nova função para bibliotecários
Já que não têm mais a função de carregar e guardar os livros físicos, os bibliotecários contratados pela universidade têm como principal tarefa orientar os leitores a aprender a gerenciar os materiais digitais.

A nova biblioteca, porém, não é 100% sem papel, segundo a Reuters. Alunos podem levar livros para estudar no local e emprestar livros em papel das outras 11 universidades estaduais daFlórida.

A Politécnica é a 12ª universidade mantida pelo governo do estado da Flórida e o prédio principal do campus foi desenhado pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava.

A construção levou 28 meses e, além da biblioteca digital, há um supercomputador e laboratórios de pesquisa para estudantes e professores.

Prédio principal da Universidade Politécnica da Flórida foi desenhado pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava (Foto: Reuters/Divulgação/Universidade Politécnica da Flórica)Prédio principal da Universidade Politécnica da Flórida foi desenhado pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava (Foto: Reuters/Divulgação/Universidade Politécnica da Flórida)FONTE: http://g1.globo.com/educacao/noticia/2014/08/nova-universidade-nos-eua-inaugura-biblioteca-sem-livros-em-papel.html

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Mania de 'selfies' pode estar passando dos limites, diz pesquisador

por Camilla Costa

Da BBC Brasil em São Paulo

Funeral de Campos (Reuters)

'Selfies' tiradas durante o funeral de Eduardo Campos geraram debate sobre regras de comportamento

Registrar os momentos com vídeos, atualizações de status e selfies é inevitável, mas podemos estar ultrapassando os limites. É o que pensa o pesquisador Andrew Hoskins, da Universidade de Glasgow, na Escócia.

Ele está em São Paulo para o Fórum Permanente de Gestão do Conhecimento, Comunicação e Memória - organizado pelo Museu da Pessoa e outras instituições parceiras -, onde falará sobre como as tecnologias digitais estão mudando a maneira como os acontecimentos atuais se tornam memória.

    Manter-se conectado a todo momento, segundo Hoskins, já é parte integrante da experiência de estar em qualquer lugar e se tornou uma espécie de compulsão. Isso ajudaria a explicar, por exemplo, a polêmica levantada pelos autorretratos tirados durante o funeral de Eduardo Campos.

    O pesquisador, que fundou a publicação especializadaMemory Studies, fala até mesmo de um "esvaziamento da memória" à medida que as pessoas se tornam mais dependentes das buscas online e guardam extensos arquivos e fotos pessoais digitais que nunca serão visualizados.

    "A memória sempre se faz no presente. Ainda não entendemos a magnitude da maneira como a tecnologia mudará nossa memória no futuro", disse o pesquisador à BBC Brasil.

    Confira a entrevista:

    BBC Brasil: Durante o funeral do ex-candidato presidencial Eduardo Campos, pessoas foram criticadas por tirar selfies mesmo próximo ao caixão. Como você vê isso? Pode ser considerado desrespeitoso ou seria uma reação normal ao estar presente em um evento histórico?

    Andrew Hoskins: Depende do ponto de vista de cada um. A noção do que é público se transformou com a tecnologia. E há agora o que eu chamo de compulsão pela conectividade. Então a pergunta a se fazer é por que as pessoas estão tirando selfies? Por que elas estão constantemente registrando tudo? É em parte a ideia do que é estar em um espaço público hoje, o que é entender uma certa experiência ou evento.

    A tecnologia sempre esteve presente nesse sentido, mas para mim há um ponto em que chegamos longe demais. É quando registrar o evento se torna mais importante do que ver o que está sendo registrado. Acho que esse momento estamos vivendo agora.

    BBC Brasil: E a noção que temos dessas regras de comportamento vai mudar ao longo do tempo?

    Andrew Hoskins: Essa moral é geracional e está sempre mudando. São níveis diferentes de alfabetização midiática. O uso normal para uma pessoa não é o mesmo para outra.

    Quando eu vou para um show, eu quero ver uma banda, eu vou para ver a performance. Eu não quero alguém diante de mim balançando o telefone, a câmera ou um iPad. Mas eu sou de outra geração, eu acho isso estranho. Eles claramente acham que não. Eles acham que isso é parte rotineira do que significa estar em um evento ao vivo. Essa midiatização dos eventos é algo que mudou muito nos últimos cinco anos.

    Andrew Hoskins (BBC)

    Pesquisador Andrew Hoskins diz que a tecnologia está mudando a forma como fatos se tornam memórias

    Eu também vivo tirando fotos e gravando tudo o que acho interessante, não estou acima disso. Mas você precisa se perguntar: como seria essa experiência se você não a tivesse registrado? O que ela significaria para você uma semana ou dois meses depois sem aquele registro audiovisual? Quão importante é esse registro na formação da memória daquele evento? Outras pessoas construirão suas memórias sem isso e sempre foi suficiente.

    BBC Brasil: Em seu livro iMemory você diz que a compulsão pela conectividade pode ser responsável pelo esvaziamento da nossa memória. Como esse esvaziamento acontece? Nos lembramos de menos coisas porque estamos muito ocupados tirando fotografias?

    Andrew Hoskins: A memória hoje é menos uma questão de lembrar e mais uma questão de saber para onde olhar. Muitos psicólogos dizem que há uma diminuição da memória humana por causa da nossa crescente confiança na tecnologia. Quando eu era criança, eu tinha que lembrar das coisas. Agora se eu não me lembro, posso digitar e aparece para mim.

    A grande mudança é que a confiança nas tecnologias da comunicação e da informação para criar memórias, para se sociabilizar e para se informar está passando a ser um dependência. E esse é o ponto crítico. Diferentes países estão em diferentes estágios, mas estamos todos entre a confiança e a dependência das tecnologias.

    Contar com essas tecnologias é bom, na minha opinião. Mas depender delas é outra coisa. A noção de compulsão pela conectividade sugere para mim que estamos dependentes. É essa coisa de não poder ficar sem checar mensagens no telefone, sem tirar fotos. De não poder ficar desconectado por algum tempo, porque nos sentimos sozinhos e alienados.

    BBC Brasil: E é possível determinar quais eventos as pessoas devem ou não registrar? Como shows ou mesmo funerais?

    Andrew Hoskins: Há pessoas que estão tentando. Há algumas bandas que pedem aos fãs que não gravem, não fotografem e não usem seus telefones durante os shows e alguns aderem a isso. Mas eles são a exceção, não a regra. A sensação é de que isso é inevitável e de que a penetração dos smartphones faz parte da sociabilidade do dia a dia. É impossível escapar deles.

    BBC Brasil: Mesmo antes dos celulares, estes eventos já eram sociais. Em funerais, já se debatia o hábito de conversar animadamente com outras pessoas. Nos anos 1960 já se dizia que fãs dos Beatles iam aos shows mais para gritar do que para assistir à banda. A tecnologia móvel mudou isso tanto assim ou estamos apenas nos adaptando a um novo formato?

    Andrew Hoskins: Em países e regiões diferentes as coisas mudam em ritmos distintos. O que é um comportamento aceitável em cada lugar é cultural e regional. É difícil ter uma resposta única para esta pergunta. Mas é realmente uma questão de adaptação.

    Especialmente se você pensar que muitas das pessoas tirando essas fotos são de uma geração mais nova. Há 30 anos, quando eu era criança, a pessoa que tirava todas as fotos das férias em família era meu pai. Era o pai que determinava o que seria, no futuro, a memória da família. Então tínhamos aquela perspectiva bastante patriarcal e masculina. Quem tira as fotos hoje? Os filhos. Então temos hoje uma perspectiva diferente sobre as famílias. Nesse sentido, a mudança é interessante.

    BBC Brasil: No caso da política, é mais fácil hoje trazer de volta promessas de campanhas e escândalos envolvendo os candidatos para continuar cobrando respostas. A tecnologia estaria ajudando a nossa memória política?

    Andrew Hoskins: Sim e não. Há muitas maneiras de responder a essa pergunta. Uma delas tem a ver com a maneira como os políticos estão lidando com o presente, porque eles sabem que tudo está sendo gravado e poderá ser usado contra eles. Na Grã-Bretanha, acho que o discurso político se tornou muito insosso porque os políticos têm medo de dizer algo que eles sabem que dois meses depois será recuperado rapidamente para contradizer a próxima coisa que eles disserem.

    Papa (AP)

    Segundo pesquisador, 'selfies' podem ser explicadas por uma compulsão pela conectividade

    O jornalismo sempre fez isso, mas era muito difícil. Você tinha que analisar um arquivo imenso para encontrar o momento em que uma pessoa prometeu algo. Mas agora qualquer um pode fazê-lo, chama-se Google. Isso tem um efeito adverso na política. Porque os políticos, assim como qualquer um, não querem ter que responder por opiniões e promessas que inevitavelmente mudam - por boas e más razões. Então o discurso deles tende a ser mais vazio.

    Por outro lado, há uma filosofia de que a memória perfeita e completa sobre todas as coisas é algo bom, mas isso ignora algo fundamental: nem todas as memórias são boas. Também queremos esquecer coisas. Esquecer não é disfuncional, é muito importante.

    BBC Brasil: Mas ao escolher representantes políticos é importante lembrar, não?

    Andrew Hoskins: Sim e não. Quando o ex-primeiro-ministro britânico Gordon Brown chamou uma eleitora de "preconceituosa" em 2010, a tecnologia o pegou desprevenido. (Gordon havia acabado de cumprimentar a mulher, Gillian Duffy, e fez o comentário momentos depois, no carro, para um de seus assessores, sem perceber que ainda usava um microfone do canal de TV Sky News. O caso repercutiu em todo o país).

    Um microfone que estava ligado o pegou falando o que ele realmente pensava e isso foi visto como degradante. Aquela frase representava tudo o que Gordon Brown pensava? Provavelmente não. Mesmo assim, ela manchou a memória política do homem que ele foi e das coisas que pensou.


    FONTE: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/08/140818_andrew_hoskins_selfie_cc.shtml

    quarta-feira, 6 de agosto de 2014

    segunda-feira, 4 de agosto de 2014

    Música nova: Samba de Cristina

    https://soundcloud.com/osdesclassificados/samba-de-cristina

    Voz: Caio Cezar
    Baixo, violão e pandeiro: Luiz Maia
    Bateria: Fabiano Foresti
    Arranjo: Luiz Maia e Fabricio Foresti
    Composição: F. Foresti
    Produção: Luiz Maia

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