Uma só luz sombreia o cais,
Há um som de barco que vai indo.
Adeus! Não nos veremos mais!
A maresia vai subindo.
[...]
E no desdobre da memória
O viajante indefinido
Ou ve contar-se só a história
Do cais morto e do barco ido.
Pessoa, Fernando. Poesia: 1918-1930. São Paulo: Companhia das Letras, 2007. p. 263
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