Um rato do campo criou fortes laços de amizade com uma rã. Esta teve a infeliz idéia de atar a pata do rato à sua. E foram juntos pelos campos para arranjar alimento. Quando chegaram à beira de um açude, a rã arrastou o rato para o fundo, lançando-se na água com espalhafato. O pobre do rato, de tanto beber água, morreu. Como seu cadáver flutuasse, amarrado que estava à pata da rã, um milhafre veio e o levou em suas garras. A rã foi forçada a ir com ele e terminou também na pança do milhafre.
Tua vítima, mesmo morta, pode ainda te punir; a justiça divina a tudo vigia e, com o olho na balança, dá a cada um o que merece.
ESOPO. Fábulas de Esopo. Tradução de Antônio Carlos Vianna. Porto Alegre: L&PM, 2010. p. 71
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