CAMÕES, Luís Vaz de. Sonetos de Amor. São Paulo: Landy, [200-]. 141 p.
Tomou-me vossa vista soberana
Aonde tinha as armas mais à mão,
Por mostrar a quem busca defensão
Contra esses belos olhos, que se engana.
Por ficar da vitória mais ufana,
Deixou-me armar primeiro da razão:
Bem salvar-me cuidei, mas foi em vão,
Que contra o Céu não vale defensa humana.
Contudo, se vos tinha prometido
O vosso alto destino esta vitória,
Ser-vos ela bem pouca, está entendido;
Pois, ainda que eu me achasse apercebido,
Não levais de vencer-me grande glória;
Eu a levo maior de ser vencido.
Um livro é um mudo que fala, um surdo que responde, um cego que guia, um morto que vive. (Padre Antônio Vieira)
Obrigada,
ResponderExcluirAmo! Vivo nos altares
Mais do que nunca vivi
Mas mais do que nunca, amaria
Se subisse mais alguns andares
Por entre densos ares dos amares
Andares nos altos ares assim comigo?
Mas cuidado, aqui há muito perigo!
Penhascos pedregosos pisares!
Passeais de costas pelos calcanhares
Maluco? querendo permanecer nos altares...
Cuidado! Se não caio contigo
Passeies amando comigo!
Toda a vida nesses altos altares