Um livro é um mudo que fala, um surdo que responde, um cego que guia, um morto que vive. (Padre Antônio Vieira)

quarta-feira, 19 de março de 2008

Soneto de Camões

CAMÕES, Luís Vaz de. Sonetos de Amor. São Paulo: Landy, [200-]. 141 p.

Tomou-me vossa vista soberana
Aonde tinha as armas mais à mão,
Por mostrar a quem busca defensão
Contra esses belos olhos, que se engana.

Por ficar da vitória mais ufana,
Deixou-me armar primeiro da razão:
Bem salvar-me cuidei, mas foi em vão,
Que contra o Céu não vale defensa humana.

Contudo, se vos tinha prometido
O vosso alto destino esta vitória,
Ser-vos ela bem pouca, está entendido;

Pois, ainda que eu me achasse apercebido,
Não levais de vencer-me grande glória;
Eu a levo maior de ser vencido.

Um comentário:

  1. Obrigada,

    Amo! Vivo nos altares
    Mais do que nunca vivi
    Mas mais do que nunca, amaria
    Se subisse mais alguns andares

    Por entre densos ares dos amares
    Andares nos altos ares assim comigo?
    Mas cuidado, aqui há muito perigo!

    Penhascos pedregosos pisares!
    Passeais de costas pelos calcanhares
    Maluco? querendo permanecer nos altares...

    Cuidado! Se não caio contigo
    Passeies amando comigo!
    Toda a vida nesses altos altares

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