Um livro é um mudo que fala, um surdo que responde, um cego que guia, um morto que vive. (Padre Antônio Vieira)

sexta-feira, 28 de março de 2008

Sobre o Prazer, de Nietzsche

O prazer, porém, não quer herdeiros, não quer filhos – o prazer quer a si mesmo, quer eternidade, quer retorno, que tudo eternamente igual a si mesmo. Diz a dor: “Despedaça-te, sangra, coração! Caminha, perna! Voa, asa! Para a frente! Para o alto! Oh, dor!” pois muito bem! Ânimo! Ó meu velho coração. -- A dor diz: “Passa momento!”
[...]
Dissestes sim, algum dia, a um prazer? Ó meus amigos, então o dissestes, também, a todo o sofrimento. Todas as coisas acham-se encadeadas, entrelaçadas, enlaçadas pelo amor. p. 376

[...] e também vós dizeis ao sofrimento: “passa momento, mas volta!” Pois quer todo o prazer – eternidade! p. 377


Referência

NIETZSCHE, Friedrich W. Assim falou Zaratustra: um livro para todos e para ninguém. Tradução de Mário da Silva. 12. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003. 381 p.

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