Um livro é um mudo que fala, um surdo que responde, um cego que guia, um morto que vive. (Padre Antônio Vieira)

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Soneto para a moçoila romântica

Se me pedes, tão meiga, que eu te peça
Provas do teu amor, que o meu cobiça,
Senta em meu colo, deixa a cabeça
Entrar de leve, e logo toda a piça.
Se me pedes, tão doce, que eu te faça
Carinhos mais sinceros que um abraço,
Fica de quatro, franqueia-te, arregaça
A parte do teu corpo que eu mais traço.
Mas se me pedes que eu seja terno
E que ao teu lado, a noite toda eu durma,
Eu digo: mas que porra! que inferno:
 
Sobre a cama o tesão só se avoluma!
E se a foda sem amor é um simulacro,
Amar e não foder é um pé no saco!

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