CERTEAU, Michel de. Ler: uma operação de caça. In: ______ . A invenção do cotidiano: artes de fazer. 6. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2001. cap. XII, p. 259-273.
Com efeito, a leitura não tem lugar: Barthes lê Proust no texto de Stendhal; o telespectador lê a paisagem de sua infância na reportagem da atualidade [...] O mesmo se dá com o leitor: seu lugar não é aqui ou lá, um ou outro, mas nem um nem outro, simultaneamente dentro e fora, perdendo tanto um como o outro misturando-os, associando textos adormecidos mas que ele desperta e habita, não sendo nunca o seu proprietário. Assim, escapa também à lei de cada texto em particular, como à do meio social. p. 270
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