Chamamos de alegria a [...] plena aceitação sem condições nem melindres da vida que se manifesta entre o piscar do ser e do não ser. A alegria não justifica nem rechaça nada: assume o irreproduzível e frágil que se lhe oferece como seu único campo de atuação. E com ele se deleita, com glória, com empenho, com generosidade que às vezes parece cruel, mas no fundo, pensando bem, é compassiva. A alegria é a força misteriosa que nos liga sem refutações à beleza na estética e ao bem na ética.
SAVATER, Fernando. A importância da escolha. Tradução Paulo Anthero Barbosa. São Paulo: Planeta do Brasil, 2004. p. 168-169.
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