Ouvindo música em meio ao redemoinho,
Quero escrever uma poesia para ficar bem.
Preciso comunicar-me comigo mesmo devagarinho,
Ouvir todas as mensagens que a minh'alma tem.
Ela quer mostrar-me, oferecer,
Todas as possibilidades anímicas que existem,
E meus olhos cegos insistem em não ver,
Só para sentir como as almas mentem.
Diz-me que a vida pode ser outra, impensável aventura,
Que conheceria sensações diferentes, de entorpecer,
Pensamentos enlevados surgiriam por ventura...
Retiro o fone de ouvido devagar e sem perceber,
Afasto-me do objeto que me ausculta: chega de ouvir música,
Chega de ouvir a minh'alma, chega de escrever.
fabricio foresti
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