Um livro é um mudo que fala, um surdo que responde, um cego que guia, um morto que vive. (Padre Antônio Vieira)

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Não foi verdade eu amar-te

Neste dia de tristeza
em que a chuva começou,
quero dizer-te a verdade
porque mentir acabou.

Não foi verdade eu amar-te
quando disse que te amava,
mas amo agora deveras,
sou hoje quem se enganava.

Juras falsas as que fiz.
Mas hoje verdades são.
Eu quero ser infeliz
p'ra saber que há coração.
Fernando Pessoa

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