Um livro é um mudo que fala, um surdo que responde, um cego que guia, um morto que vive. (Padre Antônio Vieira)

terça-feira, 7 de julho de 2009

Soneto, em tese - Fabiano Foresti

Atrás da banca botando banca
Para a numerosa audiência fantasma
A renomada e sisuda orientanda
Ataca a tese da orientada,

De quem a vida em tese anda.
Quanta tese emudece na estante
De tantas vidas vividas em tese
Por quem não foi cavaleiro andante.

Anos em tese embebidos no café
Pelo fátuo fogo do louvor, em tese,
Enquanto a vida é posta de ré.

A tese é do tesão a antítese
De quem vivendo no rodapé
Vê seus anos passarem em síntese.

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